(...) Sei que disse que nunca mais te queria ver, que te odiava e que estava farta das tuas infantilidades, mas agora não consigo deixar de me preocupar contigo. Detesto a ideia de que posso nunca mais te ver. (...)
(...) Olhando o "quadro" da turma reparo que sou a única pessoa que está sozinha, já vamos na 9º semana de aulas e só agora reparei nisso, acho que se deve ao facto de agora não te ter comigo. (...)
(...) Aula de matemática, devia estar a pensar em gráficos, constante de proporcionalidade e proporcionalidade inversa, em vez disso penso em ti por que não sei nada de ti, penso na São porque está em casa doente, penso na Célia porque está a dar aula, penso na Di porque está chateada comigo.(...)
(...) Agora reparo que comecei a escrever numa folha contrário, acho que isso reflecte um pouco como está a minha vida, acho que vivo num mundo à parte que neste momento está virado ao contrário.(...)
(...) O stor fala de responsabilidades, de maneiras de fazer e de estar, fala sobretudo de trabalho, fala de sermos melhores que os nossos pais... Agora que penso nisso tenho uma dúvida, não sobre proporcionalidade inversa, nem representação gráfica, mas sobre todo este tema de que o stor acaba de falar. Como pudemos superar uma pessoa que admiramos?(...)
(...)Não consigo deixar de pensar nos meus essenciais, no fundo não sei o que faria sem eles. Agora que penso nisto, para quem escrevo? Para ninguém?! Para alguém especial?!Estou na aula de Moral, a ver o Romeu e Julieta, não me consigo concentrar, suponho que seja por estar preocupada, por ter milhares de ideias a passar-me à frente, a minha cabeça está num turbilhão de ideias e sentimentos.(...)
(...)Estou sentada em cima da cama, olho a cadeira onde te costumavas sentar a "admirar-me", apenas tem alguns livros e uma camisola, mas está vazia pois tu não está lá. (...)
(...)As lágrimas escorrem-me pelo rosto à medida que me recordo dos momentos que passámos juntos, as lágrimas, os risos, as brincadeiras, as discussões, enfim tanta coisa.(...)
(...)Já perdi a conta a quantas sms's já te enviei sem obter resposta, estou cansada e com os pensamentos a mil à hora, mais uma vez tenho a cabeça num turbilhão de ideias e sentimentos(...)
(...)Sinto a falta do teu abraço, dos teus beijos, do doce sabor dos teus lábios, se ao menos estivesses aqui para me reconfortar...(...)
(...)Sinto-me mal, não tenho vontade de fazer nada, não tenho fome e apetece-me morrer... Onde estás tu que não me podes apoiar?
Há 16 anos